Em virtude de especificações sem restrições, ou da marca que os lança, alguns smartphones são vencedores natos que estão condenados ao sucesso, por menos que alguém tente promovê-los. Outros, no entanto, passam ao lado dos consumidores e dos meios de comunicação e são francamente melhores do que a sua fama poderia levar-nos a pensar. Estes são os smartphones de 2018 que certamente mereciam muito maior destaque.
BlackBerry Key2 LE
Provavelmente não veremos o BlackBerry Key2 LE nas prateleiras das lojas físicas de Portugal. Isso não tem nada que ver com os inúmeros méritos deste BlackBerry extremamente polivalente e com uma excelente relação custo-benefício.
O BlackBerry Key2 LE mantém a maioria das virtudes do Key2, conseguindo ser um dos smartphones mais refinados para produtividade, com uma autonomia difícil de acreditar para quem utiliza geralmente equipamentos topo de gama e uma leveza muito prática para grandes sessões de trabalho. O seu teclado não tem o swipe do Key2, mas ao mesmo tempo é confortável e tudo depende do estilo de escrita de cada um, enquanto o ecrã é de boa qualidade e o processador Snapdragon 636 acompanha perfeitamente as necessidades da melhor suite de produtividade e segurança do mercado. Tudo somado, o BlackBerry Key2 LE é dos smartphones mais úteis do ano todo e uma vítima de uma era em que se compram smartphones pelo marketing, não pelo que podem fazer de útil por nós.
Sony Xperia XZ3
O Sony Xperia XZ3 é um smartphone fantástico e comete apenas dois pecados: um é o de não seguir clichés como o notch, o outro é o de ser simplesmente um Sony que não está simplesmente “na moda”, nem nos amores de bloggers de tecnologia e influenciadores. Mas, a todos os níveis, o Sony Xperia XZ3 é um dos smartphones mais irrepreensíveis do ano.
O Sony Xperia XZ3 oferece o primeiro OLED num Xperia, e é logo um dos mais impressionantes que poderemos ver no mercado, e acrescenta especificações potentes de multimédia, com colunas estéreo frontais e refinamentos dos algoritmos de áudio. A câmara é potente, capaz de ISO 12800, e o design é inconfundível com qualquer equipamento derivativo que tenhamos visto em 2018, um ano pontuado pelo desespero de todos se parecerem o iPhone. E reparem: inclui protecção IP68 para garantir que o nosso investimento não é arruinado por alguma água.
BQ Aquaris X2
É absolutamente brutal que uma marca Europeia consiga ainda hoje em dia criar smartphones equilibrados e polivalentes por preços competitivos, mesmo que não disponha dos milhões para marketing de que dispõem as grandes marcas Chinesas, com a sua demolidora presença online. Mas o BQ Aquaris X2 é mesmo um exemplo do tipo de smartphone completo que se pode obter hoje em dia.
Ao contrário do que acontece com muitos equipamentos concorrentes (que, em sua defesa, são algo mais baratos), o Aquaris X2 não toma atalhos nem poupa em tecnologia útil para o utilizador. Se bem que muitas alternativas Chinesas omitam a tecnologia NFC porque não é tão utilizada na China, quanto na Europa, o Aquaris X2 não só inclui NFC, como Bluetooth 5.0 e é dos primeiros smartphones no mercado com Qualcomm Quick Charge 4.0+. A par com a bateria de 3100mAh e a eficiência do Snapdragon 636, o Aquaris X2 é dos melhores smartphones na gama média e um must para utilizadores intensivos. Se juntarmos a isto um bom design, boa construção e Android puro sem bloatware, de que mais necessitamos?
LG G7 ThinQ
e, compacto, o LG G7 é talvez o smartphone com mais potência por grama. Este terminal da LG teve quase tudo para ser um sucesso, mas ainda assim pareceu passar ao lado da glória dos smartphones mais desejados do ano.
O seu design talvez tenha sido o seu maior problema: bonito, mas muito semelhante a tudo o resto e sem elementos distintos, o LG G7 não atraiu os olhos. E isso é pena, porque com hardware de última geração, o LG G7 é não só um colosso para multimédia e gaming, como é dos melhores smartphones do mercado para quem abusa deles, oferecendo ao utilizador certificações IP e militar para comprovar a sua elevada resistência.
Concordo tanto com o dito no XZ3…, vamos ver se este ano a marca consegue algum destaque!
Esperemos que sim, não é saudável que exista dominância de qualquer marca.