Foi o fim de um dos melhores smartphones de 2016: pouco tempo após o seu lançamento, multiplicaram-se as notícias sobre Samsung Galaxy Note 7 que entravam em combustão espontânea. Inicialmente, a Samsung ponderou tratar-se de unidades danificadas, depois de baterias defeituosas, mas um longo processo de investigação provou que o Note 7 estava condenado à nascença e mesmo os equipamentos com uma bateria de um segundo fabricante começaram a explodir. A Samsung não teve outra hipótese senão pedir a devolução de todas as unidades e eventualmente matou-as à distância quando os seus donos recusaram abdicar deles. Dois anos depois, a Samsung poderá ainda sofrer do trauma causado por este enorme escândalo que abalou o seu crédito na praça.

Os Galaxy Note 7 voltaram mais tarde ao mercado como Galaxy Note FE, com uma bateria mais pequena de 3200, e só com o Note 9, com a sua bateria de 4000mAh, voltou a Samsung realmente a tentar competir com os seus concorrentes em termos de autonomia, mas está limitado a Quick Charge 2.0 numa altura em que muitos fabricantes já optaram pela versão 3.0.

Se bem que os Galaxy S10 serão equipamentos de enorme potencial, com inovações como câmaras no ecrã, é possível que em termos de autonomia venham a ficar atrás da Huawei, Sony ou Xiaomi e mesmo OnePlus, já que poderão optar por carregamento de 20W, numa fase em que as marcas atrás mencionadas já vão nos 40W.

Segundo o conceituado leakster Ice Universe, o problema da Samsung é o receio de que estes tipos de carregamento rápido altamente intensos possam aumentar a possibilidade de um novo escândalo semelhante ao que afectou o Note 7 e a Samsung não quer passar pelo mesmo duas vezes.

No entanto a tecnologia está lá para que carregamento rápido de 40W ou 50W seja seguro, e tanto a Huawei quanto a OnePlus têm mostrado bem que a segurança existe. Ainda assim, a Samsung continua no topo de vendas e os seus Galaxy S tendem a vender significativamente mais do que qualquer smartphone Android, criando uma escala maior através da qual qualquer problema poderia multiplicar-se. Um único Galaxy S10 com um problema poderia causar ondas de choque em todo o mercado.

Estará a Samsung certa ao jogar pelo seguro?

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