O poder do átomo: IBM consegue armazenar dados num único átomo

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As hipóteses de armazenamento de dados disponíveis para a humanidade são cada vez mais amplas, mas também o são as suas necessidades de acumulação de nova informação. Mas, em última instância, até o mais pequeno átomo ou cadeia de ADN é informação pura. O problema é como lá chegar e a IBM deu agora um grande passo ao armazenar, pela primeira vez, dados num átomo.

Especificamente, a IBM utilizou um átomo de hólmio depositado em óxido de magnésio. A linguagem binária é a chave de tudo isto, já que com a aplicação de uma ínfima corrente eléctrica é possível alterar a orientação do átomo.

Deste modo, uma orientação simboliza o 1, a outra o zero. Esta orientação pode ser facilmente detectada por uma leitura das propriedades electromagnéticas de uma sequência de átomos. Portanto, poderíamos ter milhões de átomos a codificar informação complexa, mesmo antes do armazenamento ser visível a olho nu.

É uma solução de elevado interesse, numa fase em que mesmo as drives flash já se constroem de modo empilhado. Há, portanto, a necessidade clara de procurar novas soluções de armazenamento de dados sem aumentar o volume ocupado pelo meio.

Claro que a tecnologia pode estar ainda a décadas da sua comercialização. Afinal, é uma coisa alterar a orientação de um átomo, outra é fazê-lo em larga escala, mantendo a orientação correcta de milhões de átomos de modo a que não se perca informação.

A busca por novas formas de armazenamento de informação tem olhado para a natureza, onde tudo é informação em estado puro. É por isso que também a Microsoft se tem empenhado na investigação de armazenamento de dados em envolventes microscópicas, recorrendo para isso ao ADN.

Nem a IBM é inexperiente neste campo. Em 1989 a IBM demonstrou uma experiência em que conseguiu criar as suas iniciais em átomos de xénon. Mais recentemente, a tecnológica lançou o vídeo “A Boy and His Atom: The World’s Smallest Movie”, feito através da manipulação de átomos.

Mas entre 2015 e até agora a evolução foi tremenda: por então a IBM conseguia armazenar 1 bit de informação em doze átomos. Agora consegue armazenar 1 bit por átomo, uma alteração significativa.

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