Esta semana, a ASUS procedeu a uma grande reestruturação dos seus quadros, com a saída de Jerry Shen, CEO, que irá dedicar-se aos novos investimentos da ASUS no IoT e Inteligência artificial. Se a ASUS não se encontra no top de vendas mobile, é ainda assim um player importante que se tem mantido longe dos problemas severos que por vezes afectam as marcas mais clássicas, incapazes de concorrer com as marcas Chinesas. A ASUS, pelo contrário, tem mostrado pelo menos certa solidez. O que não quer dizer que a marca não esteja a ponderar alterar profundamente o seu modelo de negócio.

Com dois novos co-CEO, S. Y. Hsu e Samson Hu, a ASUS declarou que mudará a sua estratégia mobile, focando-se nos power users e gamers, com produtos de elevado perfil e retorno para e-Sports. Actualmente, o maior representante da aposta da ASUS neste campo é mesmo o extraordinário ROG Phone, mas como mostram os recentes lançamentos dos ZenFone Max M2 e ZenFone Max Pro M2, a ASUS tem apostado realmente é nos seus equipamentos ZenFone.

Estes equipamentos sempre ofereceram boa relação custo-benefício, e pontuaram por características interessantes, geração após geração. Por exemplo, em 2015, o ASUS ZenFone 2 foi o primeiro smartphone a chegar ao mercado com 4GB de RAM. Foi também um dos primeiros smartphones com opções de acabamento em gradiente e um dos últimos a apostar em chips Intel Atom. A ASUS teve igualmente os seus momentos menos felizes, como o amplamente mal sucedido ASUS ZenFone AR que apostava em três câmaras principais para actividades de realidade aumentada, mas entretanto a Google cancelou o projecto Tango e avançou para outras pastagens, deixando o ZenFone sem grande possibilidade de sucesso no futuro.

Com esta alteração de postura e aposta em equipamentos para gaming, é incerto o que a ASUS fará com o seu alinhamento ZenFone. Caso pretenda eliminá-lo, poderá estar a cometer um erro, já que não faltará concorrência na área do gaming, e perder o público generalista deixará pouca margem de manobra à marca. Para o público em geral, a elevada agressividade da ASUS no custo-benefício é uma mais-valia que não se deve perder.

 

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