Existem no mundo centenas de milhões de dispositivos móveis que correm o sistema operativo Android ou uma das suas muitas versões, muitas delas forks que não foram sancionadas pela Google. Uma situação muito comum nos smartphones de algumas marcas Chinesas, é preciso instalar manualmente os serviços Google, já que o sistema operativo, por mais baseado que seja no AOSP, não foi certificado pela Google. A gigante tecnológica parece estar agora a fechar a torneira, ao bloquear as apps Google em dispositivos não certificados.

A Google tem – obviamente – toda a razão para esta movimentação. A diversidade do ecossistema Android significa que se pode tornar difícil o controle de todos os bugs, fragilidades ou mesmo a consistência da experiência do utilizador. Inúmeros fabricantes contornam a certificação da Google e, com isso, criam para a empresa uma situação de potencial porta de entrada de ameaças ou instabilidade do sistema e das aplicações.

Em última instância, se milhões de dispositivos com Android e derivados são instáveis ou inseguros, ou incluem malware pré-instalado, é todo o sistema Android que sofre em termos de crédito e bom nome. A acção  que a Google está agora a tomar era, portanto inevitável e até expectável.

Ficaste bloqueado?

A Google indica que quem vir as suas apps Google bloqueadas deverá contactar o fabricante para obter um dispositivo certificado, o que pode não ajudar muitos.

A melhor solução até agora é registar o dispositivo como querendo utilizar uma ROM personalizada neste link, onde têm de inserir o código GSF (Google Services Framework) do dispositivo. Este pode ser obtido via uma das várias apps que podemos encontrar na Google Play, desde que já tenham os Google Play Services instalados.

No entanto, tendo em conta que os dispositivos certificados são mais seguros, graças às implementações de segurança do próprio Android, parece-me que deveremos pensar em recompensar os fabricantes que se dão ao trabalho de nos oferecer garantias acrescidas, considerando que não existem impedimentos de nenhuma ordem para que um fabricante certifique os seus dispositivos. O único problema para muitas marcas é não terem qualquer interesse em deixar de atirar com equipamentos baratos para o mercado, não desejando ter que esperar pelo processo de certificação.

 

 

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