A Samsung tem uma tradição inigualável na produção de painéis OLED para smartphones, colocando-os nos seus dispositivos de todas as gamas de preço. No entanto, considerando a necessidade de competir com preços mais apelativos face à concorrência Chinesa, a marca voltou atrás no seu desinvestimento dos LCD e voltou a incluir este tipo de painel em equipamentos como o Galaxy A8s, recentemente lançado e aclamado. Um problema dos LCD, no entanto, é a sua rigidez que impede ou dificulta seriamente a utilização de painéis curvos, algo para o qual a Samsung parece ter encontrado uma solução.

Para sermos totalmente claros, os ecrãs LCD flexíveis não são uma impossibilidade, nem uma tecnologia nova. A Japan Display esperava já os estar a produzir em 2018, substituindo o vidro por plástico, mas que me lembre, ainda não temos um dispositivo com LCD deste género no mercado. É de realçar aqui que um ecrã LCD de vidro pode ser curvo, já que o painel é dobrado com algum custo após o fabrico, sendo que os ecrãs inicialmente produzidos produziam diversas aberrações cromáticas devido à relocalização dos pixéis, causada pela curvatura.

Os fabricantes mundiais, como a LG, Samsung ou Japan Display inventaram as suas próprias soluções, desde a introdução de vidro flexível a alterações no alinhamento dos pixéis e finalmente o já mencionado substrato de plástico.

A Samsung patenteou agora uma solução em que o painel LCD é colocado entre dois substratos de um material que não é vidro, portanto plástico ou resina de algum tipo, tal como acontece com a solução da Japan Display. O que é notável é que o plástico poderá oferecer uma maior resistência ao ecrã, menos propenso a rachar durante embates, se bem que com o custo de ser mais facilmente arranhado. A Samsung mostrou um tal painel (OLED) em Julho, verificando-se que é quase indestrutível graças à elasticidade do substrato.

A patente não nos permite ver se este tipo de ecrã estará já em integração em smartphones, mas a possibilidade está lá, não sendo igualmente de excluir que no futuro os smartphones flexíveis possam ter versões LCD, além das versões OLED mais expectáveis. O mais relevante é mesmo que a Samsung parece estar a reverter o seu investimento quase exclusivo em OLED e isso significará a possibilidade de Galaxy mais baratos para os utilizadores.

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