A pandemia tem trazido inúmeras alterações à ordem social do trabalho, com novas relações entre nós, o trabalho, e a tecnologia em geral. As grandes empresas de TI mobilizaram-se para acompanhar esta mudança e levá-la ainda mais longe, fornecendo a trabalhadores e empresas novas ferramentas para uma transformação digital acelerada onde a necessidade aguçou o engenho.
Sempre na dianteira da evolução digital, a HP foi uma das empresas que rapidamente se adaptou à nova realidade, capitalizando na mobilidade do local de trabalho que já vinha sendo um dos grandes vetores da sua atividade. A HP é certamente um caso de sucesso por antecipação, tendo a sua visão para o futuro dos workplaces sido uma chave para o sucesso da adaptação de muitas empresas a estes tempos conturbados de pandemia.
No entanto, a HP fê-lo sem esquecer o seu crescente compromisso com a sustentabilidade e proteção ambiental dos seus equipamentos. Embora o impulso para as TI tenha sido enorme, a HP não navegou simplesmente ao lado da tempestade, tendo enfrentado os seus próprios desafios neste novo normal.
A visão da HP para um novo normal e a encruzilhada entre tecnologia e ambiente, foi o mote para esta entrevista a José Correia, Managing Director da HP Portugal.
De que forma a tecnologia foi um enabler para responder aos desafios do Novo Normal?
“A tecnologia existente provou que estava a altura e foi fundamental para que a vida não parasse.”
As tecnologias de informação, a par da investigação científica e dos cuidados de saúde, foram peças chave no combate à pandemia. Cada um de nós teve de se tornar mais digital, para poder avançar na sua vida, pessoal e profissionalmente. Novos ou velhos, já não serão muitos os que chegam a 2021 sem terem estado, no mínimo, alguns minutos em teleconferência. De um momento para o outro, tivemos de trabalhar e estudar à distância, entretermo-nos e socializarmos ou até mesmo termos consultas médicas, através de um ecrã. A tecnologia existente provou que estava a altura e foi fundamental para que a vida não parasse. Mesmo as áreas de negócio mais afectadas, muitas delas foram empurradas para uma transformação digital do seu negócio e, em poucos meses, aconteceu o que de outra forma iria durar vários anos. Sem dúvida, os últimos meses irão representar um marco na adaptação ao digital por parte das empresas e das pessoas.
A pandemia foi boa para a HP no que respeita a vendas? Como se relaciona o período de pandemia com a dinâmica de vendas?
Um evento desta natureza dificilmente tem um lado positivo. Mesmo para uma empresa como a HP, que opera num mercado onde a procura beneficiou muito das circunstâncias impostas – o mercado de computadores portáteis é um bom exemplo – a verdade é que também tivemos negócios que foram bastante afectados pela diminuição da actividade económica, como é o caso do nosso negócio de impressão empresarial ou as áreas ligadas às artes gráficas.
De que forma adaptou a HP os seus portefólios e lançamentos às circunstâncias da Pandemia?
A inovação presente num portfólio de produtos é planeada com um mínimo de 24 meses de antecedência, pelo que os produtos comercializados nos últimos 12 meses, já estavam definidos há algum tempo. A diferença é que muita da inovação que temos vindo a desenvolver nos últimos anos, permitiu endereçar e potenciar as novas exigências que a pandemia nos trouxe. Há alguns anos que temos vindo a apostar na mobilidade dos sistemas e a incorporar funcionalidades de colaboração, como é caso do aumento de autonomia dos nossos PCs, melhores câmaras integradas e sistemas de áudio adaptados para teleconferências que permitem, por exemplo, a inibição do ruido do meio ambiente. Outro grande exemplo de inovação que agora veio provar todo o seu potencial, tem a ver com o serviço de subscrição de tinteiros para quem tem uma impressora HP. Com o confinamento, as pessoas optaram em massa por este serviço, visto que não teem de se deslocar às lojas, uma vez que os tinteiros são-lhes entregues quando começa a ficar sem tinta na sua impressora.
A HP tem falado muito de sustentabilidade. Qual é o vosso plano a médio prazo? Que objetivos pretendem atingir e qual a estratégia?
Atualmente espera-se que as empresas como a HP façam mais do que simplesmente criar riqueza. Espera-se que utilizem os seus recursos para promover causas sociais importantes, defender valores, e proporcionar a todos nós, mais confiança no futuro. É por isso que procuramos soluções transformadoras para mantermos os materiais em uso pelo maior tempo possível.
Essas soluções vão desde o desenho dos produtos até à sua produção; e desde o transporte até ao seu uso, acabando na reciclagem. Esperamos contribuir assim para uma economia mais eficiente, circular e de baixo carbono e criando uma mudança positiva e duradoura para todos nós. Por tudo isto, temos a ambição de até 2030 nos tornarmos a empresa de IT mais justa e sustentável do mundo, e acreditamos que isso é possível, porque já em 2021 a revista Newsweek considera a HP como a empresa americana mais responsável segundo o seu ranking anual, que mede as politicas ambientais, sociais e de corporate governance.
“Temos a ambição de até 2030 nos tornarmos a empresa de IT mais justa e sustentável do mundo.”
Que produtos podemos esperar para a segunda metade de 2021? Que novidades tecnológicas?
A HP anunciou recentemente alguns produtos que estarão disponíveis em Portugal na segunda metade do ano. Um exemplo é o HP Pavilion x360 de 14” que é ideal para utilizadores que procuram um portátil versátil que permita aceder a conteúdos ou jogar a partir de qualquer lugar. Este portátil foi renovado com um design compacto, leve e com Wi-Fi 6i opcional para ligações fiáveis em redes com muito tráfego em casa ou em locais públicos.
Também anunciámos recentemente a geração 8 dos novos portáteis profissionais HP Elitebook 800, e o novo HP Elite Folio , os primeiros com os novos processadores Intel de 11ªa geração e o segundo com processador Qualcomm® Snapdragon™ o qual permite uma experiência always on como um Smartphone.
A HP não pode revelar antecipadamente os produtos que irá anunciar ao mercado mas a aposta continuada que fazemos em inovação permite-nos apresentar todos os anos muitos produtos e serviços novos nas áreas de computação, impressão, serviços e 3D. 2021 não vai ser excepção e a segunda metade do ano vai trazer muitas novidades ao mercado português.
