Poderemos bem lembrar-nos de 2020 como um dos anos mais estranhos e transformadores da nossa vida. Uma pandemia varreu o planeta longe de chegar aos cenário pós-apocalípticos de Hollywood, mas ainda assim impulsionando profundas alterações societárias e laborais. Com o distanciamento social a ser a lei, nunca foi tão importante a cada um de nós manter-se conectado ao trabalho, aos entes queridos, ao resto da sociedade da qual fazemos parte para lá das paredes das nossas habitações.

Foi o mote para uma entrevista com Paulo Barreira, Sales Director da TP-Link Portugal, uma marca especialista em conectividade que é hoje um dos grandes players nas nossas casas, mas também nas estratégias de modernização das nossas empresas.

«Tudo irá mudar com o 5G»

Com a pandemia, o que mudou em casa das pessoas no que respeita a redes domésticas? Quais as principais necessidades no mercado doméstico?

Paulo Barreira: Ninguém estava preparado para o que aí vinha, os equipamentos iam funcionando nas nossas casas. Raramente, ou de uma forma consistente, aconteciam situações de falta de cobertura WiFi. Mas a questão acontece quando mudámos o nosso escritório para casa ou quando os nosso filhos passaram a estudar em casa: os ISP não oferecem soluções totalitárias, disponibilizam rede, sim, mas nunca nos prepararam para o tráfego de dados que aumentou mais de 100%, nem nos contrataram equipamentos que o possibilitassem. Aqui entrou a TP-Link, líder mundial de redes de consumo há 10 anos consecutivos, que faculta equipamentos que melhoram a cobertura WiFi e o número máximo de equipamentos ligados em simultâneo.

Qualquer solução Deco Mesh Gigabit é a apropriada para a nossa utilização doméstica, dependendo da área e número de equipamentos conectados, mas como qualquer uma delas suporta até 150 equipamentos pensamos nós serem soluções ideais.

A partir de março de 2020, ficámos em consciência a perceber o real valor económico do WiFi. Hoje é impensável para qualquer jovem ficar sem WiFi e, para os adultos, é uma necessidade imperiosa sempre que justificada com decisões maiores, como o teletrabalho ou telescola.

No nosso mercado, a oferta dos operadores de telecomunicações ainda não oferece pacotes consentâneos com a necessidade do cliente final nem com a infraestrutura instalada. Diga-se, no entanto, em abono da verdade, que retirando daqui o atraso verificado no 5G, Portugal sempre foi um dos países da linha da frente, nomeadamente na 4ª geração.

«Hoje, é impensável para qualquer jovem ficar sem WiFi e para os adultos é uma necessidade imperiosa sempre que justificada com decisões maiores, como o teletrabalho ou telescola»

Quais as próximas grandes tecnologias que poderão revolucionar a forma como utilizamos as redes?

Paulo Barreira: O WiFi 6 está para durar e o seu aceleramento de implementação está a ser 2 a 3 vezes superior à norma anterior. No entanto, o 5G (onde pensamos já apresentar brevemente o nosso Deco Mesh X80), depois da rede instalada em PT, passará a fazer verdadeiramente toda a diferença. Será mais rápido, porque mais tráfego e essencialmente quase ou nenhuma latência.
Será uma nova realidade, sobretudo no mercado empresarial e eu diria em qualquer setor, mas no mercado residencial também, para o Gaming.

Quais as principais vantagens do 5G para o utilizador comum? Que soluções estão a preparar para esta tecnologia.

Paulo Barreira: Como referido, a principal vantagem é a latência, o facto de o comando responder instantaneamente, sem que se dê por isso. Na condução autónoma, o tempo de resposta é fundamental em termos de segurança. Hoje os testes demonstram realidades surpreendentes em termos de velocidade e segurança. As cidades inteligentes com todos os dispositivos a comunicar entre si em tempo real… O difícil será dizer o que não será diferente, porque tudo irá mudar.

A TP-Link tem reforçado a linha TAPO – de soluções para a casa inteligente. O que podemos esperar num futuro próximo nesta área?

Paulo Barreira: Em apenas um ano, a TP-Link, no segmento TAPO Smarthome, já é líder no mercado. No entanto, sabemos que em três anos o número de equipamentos IoT será superior ao dos Smartphones, pelo que no primeiro trimestre de 21 temos disponíveis três categorias: câmaras IP, tomadas e lâmpadas inteligentes, mas ainda dentro deste semestre lançaremos várias categorias de sensores, o que nos fará ter uma gama mais abrangente.

Que novidades vai a marca apresentar nos produtos para redes domésticas na segunda metade de 2021?

Paulo Barreira: A TP-Link tenta acompanhar localmente, facultando soluções inerentes a cada país, mas essencialmente vamos disponibilizar produtos Deco Mesh, routers e soluções para rede 5G. Além disso, a TP-Link vai ainda assegurar produtos IoT dentro da categoria Smarthome.

O mercado das pequenas empresas em Portugal utiliza equipamentos domésticos ou é fiel à linha mais empresarial, como a de soluções Omada?

Paulo Barreira: Economicamente falando, existem hoje soluções empresariais Omada tão em conta como outras soluções de consumo e bastante mais adequadas à realidade de cada empresa. A linha Omada, dedicada ao mercado empresarial, é a mais adequada para as micro, pequenas e médias empresas e, com a disponibilidade dos nossos configuradores automáticos, podem ser rapidamente comprovados.

Esta área de negócio está em crescendo constante dentro do nosso mercado e é considerada essencial na TP-Link, daí termos melhorado significativamente a nossa oferta de produtos. Melhorámos significativamente o software, que passou a ser basicamente intuitivo, no apoio técnico local (que é uma das nossas grandes vantagens), bem como investido mais em RH, certificação e training junto dos nossos 6000 parceiros, sem nunca ter deixado cair a cadeia de valor dos nossos distribuidores.

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