A semana passada, a TSMC foi efetivamente traída pelo governo Norte Americano. Coagida a criar nos EUA uma fábrica de múltiplos milhões de dólares para apaziguar a administração Trump, a TSCM vê-se agora impedida de aceitar novas encomendas por parte da Huawei, com efeito imediato e com perdas de largos milhões. Há pelo menos uma boa notícia: este problema implica apenas encomendas novas, não as que já se encontrem assinadas, inclusivamente para futuros processadores Kirin.

O problema é tanto para a TSMC, quanto para a Huawei. A unidade Americana da TSMC, o maior produtor independente de chips, pode ir bem pelo caminho da unidade que a Foxconn anunciou em 2017 para instalação no Wisconsin: em troca de 3 biliões em subsídios, a Foxconn criaria um investimento de 10 biliões, mas a história é uma de avanços e recuos sem efeitos práticos.

Portanto, a TSMC foi coagida a deitar fora largos milhões de dólares numa unidade nos EUA, mas ainda assim se viu impedida da recuperar o seu investimento com aquele que é atualmente o seu segundo maior cliente, a Huawei.

Por outro lado a Huawei tem agora um problema muito maior do que a falta dos Google GMS. É que recentemente a marca desviou para a Chinesa SMIC a produção dos chips de 14nm, mas nenhuma fábrica de semi condutores Chinesa tem, neste momento, a mesma capacidade da TSMC para fabricar chips avançados, e a Huawei não tem muitas alternativas, porque todas as empresas que utilizarem tecnologia Americana podarão ver-se impedidas de vender chips à Huawei.

Todavia, não vemos nesta decisão nada de bom para as empresas Americanas, já que a China tem mostrado uma grande capacidade para desenvolver autonomias próprias e, no final de contas, os EUA poderão simplesmente perder largos milhões de dólares.

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