Pequim: estamos a assistir em directo à oficialização do Xiaomi Mi A1, o primeiro Android One da Xiaomi e a sensação que temos é que este smartphone é o que o Android One sempre deveria ter sido. E ainda assim é essencialmente um Xiaomi Mi 5X.
Sim, o Xiaomi Mi A1 é o Xiaomi Mi 5X ao mais ínfimo pormenor, até à reutilização das mesmas imagens de marketing durante a apresentação. Por isso, quando Donovan Sung subiu ao palco, o empenho com que o responsável da Xiaomi recebeu os aplausos da plateia não podiam esconder que o hardware tinha poucas surpresas.
À semelhança do Xiaomi Mi 5X, o Xiaomi Mi A1 conta com um ecrã de 5.5 polegadas FHD, e é mais uma vez propulsionado pelo Snapdragon 625 com 4GB de RAM e 64GB de armazenamento interno. Parece que todos os Xiaomi vão parar ao Snapdragon 625 e Sung explicou-o: este será dos melhores chips da Qualcomm de sempre, e oferece hoje em dia um excelente compromisso entre performance e consumo energético. A bateria é, a propósito, uma unidade de 3080mAh.
No lado da imagem encontramos uma parelha de câmaras de 12MP com pixéis de 1,25um, uma das quais é grande angular, a outra telefoto. Aqui o destaque é mesmo para a resolução idêntica de ambos os sensores, quando muitas opções passam por sensores mais modestos para a criação do desfoque de fundo.
As câmaras apresentam ferramentas já bem conhecidas de melhoria de retratos, e zoom 2X com zoom digital até 10x, sendo que Sung foi muito peremptório a destacar a qualidade das fotografias captadas por este dispositivo. Uma boa parte deste resultado deve-se à app Xiaomi de fotografia que é bastante completa face a muita da sua concorrência.
Outras características dignas de nota do Xiaomi Mi A1 incluem o emissor infravermelhos e um amplificador dedicado, embora o Xiaomi Mi 5X não tenha sido recebido de braços abertos pela sua qualidade áudio.
A grande novidade, no entanto, é que o Xiaomi Mi A1 revoluciona profundamente o programa Android One, anteriormente um programa que se destinava a criar dispositivos baratos e relativamente completos, mas com imensas limitações. Mas como Jon Gold, director global dos Android Partner Programs, bem disse em palco, na Índia onde este dispositivo foi agora lançado, os utilizadores já possuem uma ampla gama de escolhas com opções avançadas e hardware muito interessante.
Portanto a Google parece ter desistido dos smartphones de gama de entrada para o Android One, e aposta agora em levar a experiência do Android puro para equipamentos de gama muito mais acima, caso do Xiaomi Mi A1.
Como parte do programa Android One, o Xiaomi Mi A1 terá Android quase puro, embora integre melhorias da Xiaomi, por exemplo nas câmaras, e receberá actualizações rápidas directamente da Google, sendo igualmente dos primeiros smartphones do mercado a receber o Android O, ainda que a data não tenha sido anunciada. A actualização para o Android P está igualmente garantida. Melhor que isto é impossível.
Ora o preço do Xiaomi Mi A1 rondará os €200, um preço excepcional para este dispositivo e efectivamente mais barato do que muitos outros Android One que se lhe antecederam, sendo apesar de tudo o mais potente e eficaz de todos eles. Foi este o problema essencial do programa e que quase o condenou: smartphones modestos e incapazes de resistir à enchente de produtos Chineses com melhor relação qualidade-preço. Por isso, o Xiaomi Mi A1 é realmente surpreendente, um flagship Android One que poderá ser o próximo Nexus se bem que não pelo nome, mas certamente pelo espírito.
Agora há algo importante: esperemos que a Google consiga trazer este projecto para mercados como o Português e o Brasileiro, onde o facto de ser a Google a fazer a manutenção do software irá sempre diminuir os custos do smartphone. Portanto, estão à espera de quê?
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