Escassos meses depois de revelar o Snapdragon 670, sucessor do bem recebido Snapdragon 660, a Qualcomm volta à carga com um novo processador que pontua pela potência, sim, mas acima de tudo pelas funcionalidades avançadas em termos de inteligência artificial e fotografia. O novo processador é de facto um passo mais moderno que o 670, e promete oferecer inteligência artificial avançada na gama média.
O Snapdragon 675 é certamente uma aposta da Qualcomm contra os MediaTek mais recentes que estão a ser percepcionados como oferecendo um bom compromisso de performance e funcionalidades, incluindo a nível da inteligência artificial. O seu maior trunfo poderá por isso ser um novo motor de inteligência artificial multi-core de terceira geração, embora as capacidades deste hardware não tenham sido totalmente reveladas.
A Qualcomm aposta também na resposta à GPU Turbo da Huawei e aplicou diversas melhorias à Adreno 612 para garantir fps mais elevados e uma redução dos soluços na reprodução de gráficos para uma experiência de gaming mais fluída. A gráfica suporta OpenGL ES 3.2, Open CL 2.0, Vulkan e DirectX 12.
Finalmente, em termos de imagem, o Qualcomm Snapdragon 675 oferece o ISP Qualcomm 250L, que introduz suporte para câmaras triplas à frente e atrás, incluindo teleobjectivas com zoom até 5X e ultragrande angulares, modo retrato, desbloqueio facial 3D e câmara lenta a 480fps.
Naquele que será o hardware nuclear de qualquer processador, o Snapdragon 675 oferece oito núcleos, do dos quais Cortex A76 de elevada performance a 2GHz e seis Cortex A55 a 1.78GHz para performance sustentada. O chip não é fabricado em 10nm, mas num processo de 11nm LPP de elevada eficácia, e a troca dos Cortex A75 pelos A76 deverá garantir uma performance superior ao Snapdragon 670. De facto, em termos de performance bruta, o novo Snapdragon 675 poderá ser superior mesmo ao Snapdragon 710, embora este possua um modem mais rápido, capaz de 800Mbps de download, enquanto o o Snapdragon X12 LTE do 675 permite downloads até 600Mbps.
Voltando aos Cortex A76, esta é apenas a segunda utilização destes novos núcleos, após a sua utilização no Kirin 980, o que faz do Snapdragon 675 o primeiro caso de utilização destes núcleos num equipamento de gama média, precedendo mesmo o Snapdragon 855.
O Snapdragon 675 é certamente promissor, e teremos que ver como se posiciona face a concorrentes como o Kirin 710 ou mesmo outros chips da Qualcomm. Desta vez a gigante tecnológica não foi atrás dos ganhos energéticos e quis mesmo tratar de melhorar a performance global dos seus chips, adaptando-os às novas exigências na gama média. Os primeiros equipamentos deverão chegar ao mercado já no início de 2019, com anúncios ainda este ano.
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