Antes da HP, havia a Hewlett-Packard, fundada por Bill Hewlett e David Packard, dois jovens empreendedores graduados em engenharia elétrica pela Universidade de Stanford. Como uma das grandes histórias da epopeia tecnológica dos EUA, também Bill e David fundaram a sua companhia a partir de uma simples garagem. Em 1966, o primeiro computador HP é colocado no mercado, na forma do 2116A, com uma frequência de 10Mhz e apesar de ser na prática um minicomputador, pesava por então 104Kg, ou cerca de 100 HP Probook 635 Aero.

A história da HP confunde-se com a revolução da computação pessoal a partir dos anos 70, e o seu crescimento baseado na diversificação dos seus produtos e áreas de valor veria a incorporação no grupo HP de nomes tão icónicos quanto a Compaq ou a Palm. Atualmente, a empresa oferece muito mais do que equipamentos: um dos vetores do seu crescimento são os serviços, tanto para particulares, quanto para empresas, como por exemplo os HP+ e Instant Ink. São serviços que seguem as linhas orientadoras da empresa quanto a responsabilidade social e proteção ambiental. Quando este último tema está cada vez mais na ordem do dia, a HP é uma das empresas de tecnologia que mais aposta na utilização de materiais reciclados no fabrico dos seus equipamentos e em práticas de fabrico sustentáveis.

Entretanto, como um pouco por todo o mundo, a HP viu o seu quotidiano afetado pela confluência da pandemia de COVID 19 e múltiplos constrangimentos na cadeia de fornecimento no preciso momento em que a pandemia levou a um boom na procura de equipamentos pessoais e empresariais. A TekGenius abordou Pedro Coelho, Area Category Manager da HP, para saber como a marca está a trilhar o caminho no mercado de consumo neste novo normal.

– Qual o peso da área de gaming no negócio de PS da HP?

A área de gaming representa cerca de 20% do negócio de computação da HP, o segmento de Consumo.

– Como pode a sustentabilidade ambiental ser mais representativa no mercado de TIC? Para além de utilização de materiais reciclados, o que pode ser feito?

A utilização de materiais reciclados é apenas uma pequena parte do que pode ser feito para aumentar a sustentabilidade ambiental dos equipamentos tecnológicos. A HP tem tomado várias ações que incidem sobre as várias fases do ciclo de vida dos equipamentos: antes da sua utilização, no momento de produção, a HP preocupa-se com a seleção dos materiais mais eficientes e com menor impacto ambiental, e pelas opções de embalamento que sejam 100% sustentáveis; durante a utilização, garantimos que os equipamentos HP cumprem as normas de eficiência energética mais exigentes do mercado (como TCO, EPEAT, entre outras); e no final do ciclo de vida do equipamento, a HP disponibiliza atualmente programas de reciclagem onde envolvemos uma comunidade cada vez maior de parceiros que estão alinhados com esta visão da HP e apoiam as organizações no cumprimento dos seus objetivos de sustentabilidade.

O mercado de TIC deve assumir a sua responsabilidade na defesa da sustentabilidade ambiental, num esforço concertado: do lado dos fabricantes, através do investimento em cadeias de fornecimento sustentáveis e produção de equipamentos com a menor pegada ecológica; do lado dos clientes, empresas e organizações públicas devem encarar a sustentabilidade com um fator crítico na seleção de equipamentos e fornecedores, e não apenas como um potencial benefício secundário. De ambos os lados, já existem bons exemplos e boas práticas que evidenciam que este é um caminho viável, assim haja vontade e compromisso.

– De que forma a falta de componentes influenciou o negócio de computação pessoal? – Percepcionam a continuidade da escassez de componentes, e como está a HP a combatê-la?

A falta de componentes limitou o crescimento do mercado e traduziu-se em prazos mais alargados de entrega, tanto que veio a coincidir com dificuldades logísticas de elevada complexidade.

A HP empenhou-se numa relação direta com os seus principais fornecedores e apostou na qualificação de novos fornecedores, de modo a garantir o acesso a um maior volume de componentes, a curto e a longo prazo. Foram também realizadas mudanças estruturais na cadeia de fornecimento e otimizados os processos de planeamento e produção, por forma a prever, com maior antecedência, a evolução das necessidades do mercado. Apostou-se no reforço da capacidade logística e numa simplificação de portefólio para se conseguir alcançar ainda maior eficiência e prazos de entrega mais curtos.

– Qual a quota da HP em Portugal no que respeita a computadores pessoais?

Segundo os dados mais recentes da IDC, a quota da HP foi de 21% no ano de 2021.

– Quais as principais tendências na computação pessoal para o fim de 2022 e início de 2023?

Com a consolidação dos modelos de trabalho híbrido surgem novas necessidades e exigências para o computador pessoal. Para os colaboradores que trabalham em modo híbrido continua a ser fundamental a mobilidade do PC que lhes garanta poderem trabalhar em qualquer lugar e em qualquer momento. As facilidades da segurança que já vem integradas nestes computadores pessoais passaram a ser mais valorizadas pelos utilizadores e pelas equipas de IT, dada as ameaças de cibersegurança às quais os colaboradores estão expostos nesse modo híbrido e que continuam a crescer em quantidade e complexidade. E a nova exigência, que surge a par das restantes já mencionadas, é o suporte a Colaboração. Com o crescimento exponencial de horas passadas em plataformas de colaboração, exige-se um PC que esteja dotado das funcionalidades de áudio e vídeo que proporcionem uma experiência de colaboração otimizada e equivalente à experiência de interação presencial.

– Como está a HP a proteger os utilizadores das crescentes ameaças à cibersegurança de utilizadores individuais e empresas?

A HP continua a reforçar as soluções de segurança que integra nos seus computadores e impressoras pessoais e que constituem uma oferta integrada sob o nome de HP Wolf Security. Estas soluções garantem uma segurança embutida nos equipamentos ao nível do hardware, de elevada resiliência e com capacidade de autorrecuperação, e inclui ainda serviços prestados por especialistas da HP que podem facilitar as tarefas de gestão e monitorização dos departamentos de IT.

O mercado de TIC deve assumir a sua responsabilidade na defesa da sustentabilidade ambiental, num esforço concertado: do lado dos fabricantes, através do investimento em cadeias de fornecimento sustentáveis e produção de equipamentos com a menor pegada ecológica; do lado dos clientes, empresas e organizações públicas devem encarar a sustentabilidade com um fator crítico na seleção de equipamentos e fornecedores, e não apenas como um potencial benefício secundário.

– Além dos Windows PC, qual será a estratégia da HP para Chromebooks educativos e empresariais? Veremos por cá equipamentos como o recente HP Elite c645 G2 Chromebook?

A HP foi dos primeiros fabricantes a disponibilizar Chromebooks em Portugal, há mais de 5 anos, assim que a Google confirmou o suporte localizado, em português, para esta linha de equipamentos. Todos os novos Chromebooks HP para uso profissional, como o HP Elite c645 G2 Chromebook, são lançados em Portugal ao mesmo tempo do lançamento mundial. A HP dispõe atualmente de um portefólio diversificado, focado na educação e numa utilização empresarial, desde gamas de entrada até gamas premium, de modo a responder às necessidades dos diferentes perfis de utilizadores que existem numa organização que tenha aderido ao ecossistema Google.

– Existe uma mistura no mercado nacional entre a procura de computadores de consumo por parte de empresas? Como vê a HP este cenário?

A procura de computadores de consumo para uso profissional foi um movimento que se registou durante os períodos iniciais de confinamento e que se deveu, sobretudo, à escassez oferta de equipamentos profissionais que se registava na altura. Temos vindo a assistir a um esforço ao lado das empresas para reestruturarem o seu parque informático evitando a dificuldades de gestão que advêm de um parque heterogéneo. Os computadores da linha profissional continuam a dar garantias superiores no que respeita às caraterísticas de segurança e colaboração que são atualmente fundamentais para a produtividade dos colaboradores e para a defesa dos dados e ativos das empresas.

– A marca tem vindo a apresentar cada vez mais acessórios. Porquê este reforço desta linha? Qual a motivação estratégica?

Os acessórios constituem um eixo estratégico para o crescimento da HP. Segundo estudos de mercado recentes, cerca de 75% dos colaboradores pretende investir na melhoria dos seus espaços de trabalho através da aquisição de periféricos. Assim, os periféricos, em conjunto com novos serviços de gestão PCs e novos serviços digitais, constituem fortes potenciadores do trabalho híbrido criando experiências imersivas e permitindo que equipas remotas colaborem como se estivessem presencialmente. A HP encontra-se numa fase avançada da aquisição da Poly, fornecedor líder do mercado profissional de acessórios, e acreditamos que o portefólio unificado HP & Poly permitirá criar melhores experiências de áudio e vídeo que estarão disponíveis tanto para salas de reuniões como para contextos de trabalho remoto.

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