Ensaio Mazda CX-5 2017: As primeiras impressões

Foi no dia 1 de Setembro que tivemos a oportunidade de ir conhecer o novo Mazda CX-5. Apesar de já ter sido anunciado noutros países há mais tempo, só agora a Mazda teve oportunidade de o apresentar em Portugal. Tudo isto por culpa da infeliz regra das portagens em Portugal, que obrigou a uma homologação especial para garantir classe 1 (apenas com a Via Verde).

Fizemo-nos à estrada, e fomos tirar as primeiras impressões daquele que é actualmente o maior SUV da marca, num mercado que está a crescer cada vez mais e que conta com mais concorrência a cada dia que passa.

O circuito escolhido para os primeiros quilómetros com o Mazda CX-5 foi bem escolhido. Pelo meio da Serra de Sintra, deu para experimentar diferentes tipos de piso e comprovar o comportamento deste SUV em diferentes circunstâncias. Para já, posso dizer-vos o seguinte: muito bom!

As primeiras impressões do novo Mazda CX-5 2017

Quem conhece bem as estradas de Sintra, sabe bem o quão exigente pode ser este percurso. E a verdade é que este SUV da Mazda não desapontou, muito pelo contrário. Apesar de ser um SUV alto, volumoso e pesado, tudo o que se pediu aos seus comandos, ele conseguiu responder sempre de forma eficaz e de acordo com o expectável. A suspensão, que tende a ser para o dura, facilita bastante no comportamento em curva, permitindo um controlo eficaz de todos os movimentos da pesada carroçaria. A direcção, sempre muito precisa, permitiu atacar as curvas sem qualquer tipo de problema.

Mas se por um lado a suspensão mais para o dura permite brincadeiras em curvas, por outro lado retira bastante ao conforto quando apanhamos as estradas mais esburacadas. Não seria de esperar que o conforto ficasse tão prejudicado quando se dá uso ao já conhecido SKYACTIV-D 2.2 com 150 cavalos.

Este é um motor já conhecido de outros modelos anteriores, e apresenta-se com uma grande disponibilidade, ganhando à concorrência nos centímetros cúbicos a mais que disponibiliza. Afinal de contas, já começa a ser raro ver motores com tanta cilindrada nos dias de hoje no mercado Português, que cada vez mais procura motores mais pequenos.

Com a caixa manual de 6 velocidades e curso de manete curto, a fazer lembrar o MX-5, este Mazda CX-5 é possível tirar ainda mais deste motor. Facilmente ultrapassamos as 4500rpm e ainda vamos a tirar partido da potência fornecida, com o motor a responder de forma linear. O ruído, tal como em todos os motores diesel, acaba por se fazer sentir em rotações mais altas, mas a verdade é que ainda assim fica abaixo de outros da mesma gama.

A nível de condução, sem dúvida que é fácil cair na tentação de dizer que o CX-5 é o MX-5 dos SUV. A justificação é muito simples: a Mazda consegue transportar muito bem para este novo modelo a filosofia Jinba Ittai que tanto defende, ou seja, a relação harmoniosa entre o cavalo e o cavaleiro, ou neste caso, entre o CX-5 e o seu condutor.

De notar que a Mazda terá também o mesmo motor, com 175cv, assim como caixa automática.

5 anos depois, o Mazda CX-5 é renovado

Muito do que se vê nesta nova geração do Mazda CX-5, provém do seu antecessor. Ainda assim, a Mazda aplicou algumas modificações que acabam por fazer uma grande diferença.

A nível de dimensões, pouco muda, sendo que as diferenças não ultrapassam os 10mm. Ainda assim, este continua a ser um dos SUV com espaço interior mais generoso para os seus passageiros, um ponto a ter em conta.

Mas as grandes alterações ocorrem a nível de design. A linguagem Kodo, que foi estreada pela mazda na sua primeira geração do CX-5, aparece agora mais sofisticada e elegante, sobressaída pela sua nova cor Vermelho Skyline. Arestas e vincos são reduzidos ao mínimo, fazendo assim sobressair as superfícies mais modeladas. De notar também o esforço da Mazda em criar aqui um SUV com uma melhor aerodinâmica, permitindo assim uma redução dos ruídos provocados pelas passagens de ar, assim como uma melhoria a nível de performance.

No exterior, o Mazda CX-5 apresenta um ar mais agressivo que a versão anterior. Na frente, a grelha apresenta-se com dimensões maiores e mais proeminente, enquanto as ópticas com um desenho mais futurista e sofisticado conseguem sobressair de forma excelente. Também na traseira o novo grupo óptico confere um ar mais moderno e elegante, apresentando-se assim um casamento perfeito entre a robustez de um SUV e a elegância que a linha Kodo exige.

Também o interior foi melhorado, apresentando-se agora renovado e com uma maior aposta no visual. Linhas mais horizontais, seguinte a linguagem Kodo, dominam todo o interior, conferindo agora um interior mais elegante. A escolha dos materiais parece bastante cuidada, fazendo com que este seja um local bastante agradável para as nossas viagens.

Novidades

Porta bagagens de abertura e fecho eléctrico, bancos traseiros reclináveis até 28º para aumento do conforto, são duas novidades que estão presentes neste CX-5 renovado. Depois, consoante o nível de equipamento escolhido, existem também outras novidades a ter em conta. Uma delas é o Active Driving Display, que permite projectar informações de condução directamente no vidro. Apenas a versão topo de gama com motor 2.2 de 175cv é que traz esta funcionalidade, sendo que as restantes versões vêm equipadas com o tradicional Heads Up Display, uma lâmina transparente por cima do painel de instrumentos, onde é projectada a informação.

O já existente pacote de segurança i-ACTIVSENSE foi reforçado com a adição da câmara dianteira, as funções MRCC (Mazda Radar Cruise Control), travagem automática e reconhecimento de sinais de trânsito. Para quem quiser, também poderá escolher as ópticas dianteiras exclusivamente em LED.

Para já o CX-5 já se encontra disponível em Portugal para venda, por valores que começam nos 33.311€, podendo chegar até aos 53.119€, consoante a versão escolhida e também o nível de equipamento.

No futuro, esperamos vir a fazer um ensaio mais profundo a este novo SUV da Mazda, um SUV que não quer ser apenas mais um neste segmento.