A Huawei é um dos grandes nomes da província tecnológica de Shenzhen. Agora o próprio governo local pode adquirir a Honor, numa tentativa de a dissociar dos problemas da Huawei e permitir ao seu bom nome continuar a servir milhões de utilizadores em todo o mundo.

Num novo relatório da agência Reuters, o negócio terá um valor de $15 biliões em dinheiro e incluirá todos os ativos da Honor, incluindo centros de pesquisa e desenvolvimento. A bordo, além do governo de Shenzhen, estará também o Digital China Group. Mas quem é o Digital China Group?

O nome é praticamente desconhecido fora das fronteiras Chinesas. A sua história começa em 1981 como parte da Legend Holdings, empresa-mãe da Lenovo. Em 2001, como Digital China Holding, separou-se da Legend Holdings e focou-se em soluções informáticas e revenda de equipamentos tecnológicos, tendo em 2015 vendido as suas divisões de vendas e distribuição à Shenzhen Shenxin Taifeng Co Ltd, formando finalmente o Digital China Group.

Atualmente, como maior redistribuidor de computadores, telemóveis e equipamentos de rede, as atividades do Digital China Group incluem computação na nuvem, desenvolvimento de software e transformação digital. É graças a estas atividades que o Digital China Group é o distribuidor dos produtos Huawei e Honor, conhecendo bem os equipamentos e, por isso, o seu potencial.

Uma mudança nos EUA?

Para muitos, a vitória eleitoral de Joe Biden nos EUA poderá reverter os infortúnios da Huawei, mas a marca Chinesa não está claramente à espera que isso aconteça e prefere agir. Mesmo com a mudança ideológica nos EUA, não há indicação de que a guerra económica entre EUA e China abrande no futuro próximo.

A venda da Honor não será um desmantelamento. Os planos da marca incluem reter a sua força de trabalho e entrar na bolsa num espaço de 3 anos.

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