Foi já no início de Julho que o icónico fabricante de câmaras de vídeo, RED, anunciou o seu primeiro smartphone, o RED Hydrogen One, um colosso de $1,200, modular, com um ecrã holográfico a destacar-se entre as suas características de topo. Mas até agora nada sabíamos sobre a tecnologia por trás deste ecrã revolucionário, nem o que ele poderia fazer. Já em Agosto, surgiram os primeiros vídeos reais do dispositivo, mas ainda em fase de protótipo, pelo que o seu ecrã não era algo que pudesse ser apreciado. Agora, no entanto, temos uma visão bem mais clara, do que este ecrã é capaz de fazer.

Em primeiro lugar, comecemos por quem criou este ecrã, a Leia Inc. Caso não tenham adivinhado de imediato, a Leia Inc. foi buscar o seu nome à icónica princesa intergaláctica da saga Star Wars, um nome mais do que adequado para quem estuda tecnologia holográfica. A empresa, que começou como um laboratório de investigação e desenvolvimento da HP, tem passado os últimos anos a estudar tecnologia de campo de luz, mais especificamente a Diffractive Lightfield Backlighting. A RED é uma das grandes investidoras na Leia Inc, e deverá agora tirar proveito disso com um ecrã absolutamente inovador que tem como objectivo colocar no mercado ainda em 2018.

O ecrã que a Leia criou compreende painéis LCD empilhados com retroiluminação apontando em diferentes direcções. É a projecção simultânea de imagens em diferentes direcções que permite então criar verdadeiras imagens em 3D, sem no entanto perder as capacidades dos LCD normais para visualização normal de imagens no plano unidimensional. O desafio para os criadores de conteúdos será, no entanto, enorme: O RED Hydrogen One requer a utilização de 4 câmaras em simultâneo para capturar o conteúdo passível de ser emitido pelo ecrã. Em alternativa, conteúdos 2D e 3D tradicionais poderão ser convertidos, mas o processo não será simples.

Mas passemos então à acção, e vejamos um exemplo de como este ecrã funcionarã:

3d-display

Fascinante, certo? A dificuldade – tenho que o reiterar – será mesmo a criação de conteúdos para este tipo de ecrã de forma a torná-lo uma tecnologia corrente. Não é aqui uma questão de fazer do Hydrogen One um sucesso, mas de eventualmente permitir que os ecrãs holográficos possam ser encontrados noutros dispositivos, dando impulso extra á criação de conteúdos.

 

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