Foi muito recentemente que veiculamos a possibilidade da Xiaomi estar a conceber um smartphone dedicado ao gaming, via a sua subsidiária Blackshark. É precisamente esse o nome de um smartphone que surgiu agora no AnTuTu com uma pontuação recorde que tomou de assalto o top, ultrapassando mesmo o Samsung Galaxy S9+.
A pontuação de 270,680 é, por isso, extraordinária em si mesma, mas ainda vale mais pelas especificações que o benchmark revelou: um Snapdragon 845 encarrega-se de humilhar qualquer jogo que o enfrente, e 8GB de RAM serão mais do que suficientes para aguentar gaming e multitasking. Entretanto, de modo algo surpreendente, parece que só existirão 32GB de armazenamento interno, montante nada interessante para uma máquina desta vocação.
Finalmente, sabemos também que o ecrã será FHD+ 18:9, mas a taxa de varrimento é algo que os benchmarks não revelam. Poderá ser de 120Hz como no caso do Razer? Não sei e francamente não me importa: no estado em que a tecnologia está, esta taxa de varrimento não é atendível sem sérios compromissos na bateria e brilho do ecrã. Ao mesmo tempo, porquanto será muito fácil para o sistema Android tirar partido da suavidade de animações acrescida que esta taxa autoriza, poucos jogos podem neste momento tirar partido dela e teremos que esperar bem um ano até à generalização deste tipo de painéis. Relembro, no entanto, que na nossa notícia anterior, existia a referência a um ecrã 3D: se isto se refere ao formato ou à tecnologia de imagem é algo que não podemos saber neste momento.
Há muito mais num smartphone de gaming do que simplesmente o hardware da performance. A minha curiosidade irá para a optimização do áudio e da performance para correr de forma mais fluída os jogos mais exigentes sem sobreaquecimento e quebra nas fps, ou drenagem da bateria.
Uma última ressalva: a informação que nos chega via NDTV surgiu primeiro na rede Weibo, onde as falsificações e os embustes são o prato do dia. Tomemos estes dados com optimismo, mas com reserva.
2018, o ano do gaming?
A combinação de painéis de baixa latência, gráficas potentes, Vulkan API e diversas optimizações a nível de software parecem criar a tempestade perfeita para iniciar uma revolução no mundo do gaming mobile. Com a aposta na realidade virtual a que assistimos desde há dois anos para cá que a tecnologia mobile começou a preparar-se para solicitações de rendering offscreen intenso, problemas de ghosting, tearing ou soluços. A realidade virtual simplesmente não pode sobreviver em situações onde os gráficos solucem ou se distorçam mesmo à frente dos nossos olhos.
O ecossistema Android passou por isso por diversas optimizações das quais os jogos podem tirar imenso proveito, ao poderem implementar motores gráficos capazes de maiores fps e renderização. A Razer foi talvez a primeira a apostar no gaming mobile em alguns anos, e parece que teremos outras apostas.
Além da Blackshark que permanece um certo mistério, também a Asus é mencionada como estando a desenvolver um smarpthone gaming para revelação já no MWC neste próximo fim-de-semana. Resta-nos ver que tipo de abordagem cada marca fará a este mercado, já que até agora só vimos um exemplo de uma implementação que inclui feedback táctil e módulos ou acessórios, ou duas se contarmos com os módulos da Motorola, que nem publicita qualquer foco no gaming.
Do vosso lado, o que faria um smartphone de gaming vencer em 2018?
[…] restantes características são de momento um mistério. O ecrã 3D de que se falou quando o Black Shark pela primeira vez surgiu na imprensa continua por se concretizar e não sabemos o que significa, ou se a expressão tem sequer […]