Richard Yu, CEO da Huawei deu uma entrevista bombástica no dia em que o fabricante Chinês anunciou 73 milhões de unidades vendidas no primeiro semestre do ano: a Huawei deixará de produzir smartphones de gama baixa.

A decisão justifica-se com a baixa rentabilidade do segmento, pelo que a Huawei irá agora concentrar-se nas gamas média e alta onde tem obtido grande reconhecimento.

Precisamente neste ponto, Yu indicou à Bloomberg que o Huawei Mate 10 terá um ecrã praticamente sem rebordos, ao estilo LG G6 e Samsung Galaxy S8. Yu prometeu ainda carregamento mais rápido e mais duração da bateria.

Para os utilizadores, a notícia da saída da marca dos segmentos económicos será mais importante, mas os efeitos não deverão ser negativos. A Huawei enfrenta nestes segmentos forte concorrência de marcas que apresentam a fazer boas omeletes com poucos ovos. Fabricantes como a BQ, Alcatel, Wiko ou mesmo a renascida Nokia são capazes de oferecer nos segmentos baixos equipamentos muito completos, sólidos e práticos, que muitas vezes superam as ofertas das principais marcas em todos os aspectos.

Os consumidores irão sem dúvida beneficiar do fôlego que estes fabricantes encontrarão com a saída de cena da poderosa Huawei, e espero que isso traga novos e melhores equipamentos a preços muito apetecíveis.

Já a Huawei terá rédea livre para as gamas de topo e tecnologia de ponta onde mostra o seu melhor. O Mate 10 deverá ser o próximo grande dispositivo da Huawei, potencialmente equipado com o futuro chip Kirin 970, agora que está confirmado que a Huawei não fará qualquer anúncio na IFA em Setembro.

A decisão não será alheia ao objectivo de ultrapassar Samsung e Apple, sendo que para tal é fundamental para a Huawei continuar a investir nos segmentos de prestígio e nos clientes exigentes com elevado potencial de fidelização.

No final de contas, todos iremos beneficiar.

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