2020 e 2021 foram anos extraordinários para as marcas de tecnologia e informática, com o teletrabalho a colocar as vendas de equipamentos em níveis raramente vistos, e revitalizando o mercado. Empresas como a HP viram-se altamente requisitadas para fornecer todo um novo modelo de trabalho híbrido com equipamentos e soluções inovadoras num período de tempo incrivelmente curto.
Foram anos em que a HP teve uma estratégia de sucesso e lançou novos equipamentos com uma aposta nos novos modelos de trabalho híbridos, mas o sucesso não foi sem desafios. Ao longo de 2020 e 2021, toda a indústria padeceu de falta de componentes e preços elevados na logística, um dos efeitos da pandemia de COVID-19. Para saber como viveu a HP 2020 e 2021 e se prepara para 2022, a TekGenius teve a oportunidade de entrevistar Pedro Coelho, Area Category Manager da HP- Portugal.
TekGenius: Quais serão as principais tendências de mobilidade no pós-pandemia, no seu entender (tecnológicas)?
Pedro Coelho: Há cerca de ano e meio, muitas organizações tiveram de adotar abruptamente o trabalho remoto, naquele que foi, em vários casos, um exercício de emergência para garantir a continuidade de negócio. Chegou agora o momento de racionalizar recursos e implementar uma infraestrutura tecnológica, incluindo os dispositivos pessoais, que de forma sustentada suporte as modalidades de trabalho híbrido que se irão impor. A pandemia acelerou a adoção da mobilidade, o que suscitou, como consequência praticamente imediata, a necessidade de contemplar, de forma mais robusta, a segurança cibernética dos colaboradores e a integridade dos dados e aplicações corporativas. As equipas de trabalho, cada vez mais dispersas geograficamente, vêm exigir a adoção de modelos modernos de gestão de IT que simplifiquem a gestão remota de parques informáticos distribuídos. Mais do que uma tendência, é também já uma realidade a utilização crescente de plataformas de colaboração, o que força a rever as condições que os colaboradores têm à sua disposição para se ligarem, em qualquer lugar ou momento, a conferências virtuais, com tecnologia de áudio e vídeo que lhes permita ter uma experiência próxima do que seria a interação presencial.
TekGenius: Como enfrentou a HP a falta de componentes sentida durante a pandemia?
Pedro Coelho: Continuamos a assistir uma escassez de componentes, com enfoque nos semicondutores, que como é do conhecimento público afeta não apenas a indústria de IT, mas também outros setores como o setor automóvel ou o mercado de telemóveis ou até o mercado de consolas de gaming.
O aumento da procura tem também causado desafios logísticos de elevada complexidade, com a dificuldade de alocação de capacidade nas rotas logísticas e a congestão no tráfego marítimo e aéreo.
Para responder a estas situações, a HP empenhou-se numa relação direta com os seus principais fornecedores e qualificou novos fornecedores, de modo a garantir o seu compromisso com o fornecimento atempado e em maior volume, a curto e longo prazo. Foram também realizadas mudanças estruturais na cadeia de fornecimento, nos processos de planeamento e produção, e mesmo no portefólio de produtos para conseguirmos rapidamente acomodar-nos aos constrangimentos atuais, alcançar ainda maior eficiência e maximizar a produção.
TekGenius: As empresas e os utilizadores domésticos enfrentaram enormes desafios durante a pandemia, altura em que muita gente trabalhou em casa. Que papel teve a tecnologia nesses desafios?
Pedro Coelho: A tecnologia foi fundamental para nos mantermos produtivos, mesmo nos períodos de confinamento, em colaboração com colegas, parceiros e clientes. O PC, por exemplo, tornou-se essencial como ferramenta de trabalho mas também como hub de colaboração e interação social, ligando-nos com imagem e som ao mundo, e como suporte tecnológico para a nossa vida pessoal.
TekGenius: Como vai a HP responder às necessidades de uma força de trabalho e de utilizadores que parecem cada vez mais rendidos ao modelo de trabalho híbrido?
Pedro Coelho: A HP já tinha incorporado na sua oferta de computação pessoal várias tecnologias que visavam o suporte à mobilidade dos utilizadores pelo design ultrafino, pela adoção de materiais leves mas de elevada durabilidade, ou pela elevada autonomia das baterias dos portáteis. Logo, no início do período pandémico, constatámos que muitos do computadores HP, por se recorrer a ligas metálicas na sua construção, eram inclusivamente de fácil higienização, conseguindo suportar até mil ciclos de limpeza com os produtos mais tradicionais que todos passámos a usar com frequência. A HP reforçou ainda as soluções de segurança que integra nos seus computadores e impressoras pessoais e que constitui agora uma oferta integrada sob o nome de HP Wolf Security. Estas soluções garantem uma segurança embutida nos equipamentos ao nível do hardware, de elevada resiliência e com capacidade de autorrecuperação, e inclui ainda serviços prestados por especialistas da HP que podem facilitar as tarefas de gestão e monitorização dos departamentos de IT. Ainda no passado dia 19 de outubro, a HP reforçou o seu compromisso em proporcionar as melhores condições para colaboração anunciando o HP Presence, uma suite completa de equipamentos e tecnologias que cruzará diferentes categorias de produtos e pretendem elevar a um novo patamar a forma como nos ligamos e trabalhamos remotamente, tanto em casa, como no escritório ou on-the-go.
TekGenius: Qual o modelo de notebook mais bem-sucedido em Portugal em 2021?
Pedro Coelho: Para profissionais móveis e exigentes, o HP Elite Dragonfly G2 é um equipamento de referência pelo seu corpo estreito e leve (16mm de espessura com um peso aproximado de 1kg), e como modelo convertível que facilmente se converte em tablet para tirar notas, em qualquer lugar ou momento. Pode incorporar um filtro eletrónico de privacidade (HP Sure View) que protege o utilizador de olhares curiosos que poderiam comprometer a confidencialidade dos dados em que está a trabalhar. E merece ainda destaque o contributo para sustentabilidade ambiental, com a incorporação de metias reciclados ou plásticos desviados dos oceanos.
Uma outra plataforma que se tem destacado é o recente HP Envy x360 15” que dá resposta às necessidades criativas dos utilizadores, com um desempenho robusto, um design sofisticado para um formato convertível e desenhado para ter um menor impacto ambiental.
TekGenius: A HP reinventou os Pavilion com design premium, herdado dos Envy. É o design um vetor do sucesso da marca nas novas formas de trabalho híbrido?
Pedro Coelho: O computador pessoal passou a acompanhar-nos ainda mais horas ao longo do dia. Para várias gerações, incluindo nativos digitais e millennials, o PC é uma projeção do seu “eu”, portanto o design do equipamento, seja para uso profissional ou pessoal, deve garantir que o utilizador se identifica com o seu PC. Mas a HP não vê o design apenas pela sua vertente estética (forma), mas também na ótica da função do equipamento, e por isso aposta em proporcionar uma experiência de utilização ótima, que cative o utilizador e lhe dê a liberdade de usar o seu PC em qualquer contexto.