Tradicionalmente, tendemos a definir os smartphones como um conjunto de especificações, sendo actualmente difícil encontrar características técnicas que se distingam fortemente, num mundo de OEMs e cadeias de produção concentradas que fornecem componentes às marcas. Se há verdade no ecossistema Android é que a diferença pode ser severamente penalizada num mundo homogéneo onde a maioria das pessoas quer ter o melhor que as outras têm, não necessariamente o que lhes convém.

Para se diferenciarem, algumas marcas dão saltos em frente que podem ser verdadeiros saltos no abismo. Outras dão um passo atrás para uma fórmula eficiente que o avanço da tecnologia deixou para trás, muitas vezes sem o substituir por algo realmente mais útil. Foi este o caminho da TCL com o BlackBerry KEYone, recuperando a estética clássica da BlackBerry e também o seu icónico teclado que muitos simplesmente não esqueceram.

À medida que mais manuseio e aprecio os pormenores do BlackBerry KEYone, mais compreendo os diversos pilares presidiram à criação deste equipamento. Ora é precisamente o teclado que começa por nos dar uma pista sobre a essência do KEYone: o foco não é nas especificações, mas nos serviços, nas ideias únicas e exclusivas. O KEYone não é, portanto, um equipamento de specs, mas um equipamento de engenho, ideias e serviços.

Ideia número 1 – o smartphone como pilar do trabalho moderno

A BlackBerry não é a primeira marca a pensá-lo. Huawei e Samsung, com as suas gamas Mate e Note, respectivamente, sabem bem que há ma faixa do mercado, de profissionais liberais e empresários, para quem não basta que o telemóvel esteja simplesmente disponível: é preciso que faça algo de útil.

O lugar do smartphone na produtividade empresarial é tanto uma causa, quanto uma consequência da descentralização do trabalho actual, com cada vez menos a ser feito directamente no escritório, e mais em mobilidade. Neste âmbito, o smartphone é o mais prático e acessível que podemos ter, indo buscá-lo ao bolso facilmente para um e-mail, para uma conferência de trabalho, para consultar um documento.

Mas os smartphones actuais sofrem de um problema profundo na área da produtividade: os ecrãs completos foram pensados para ver vídeos e imagens em ecrã inteiro, para deslizar em longos feeds de redes sociais, não para serem instrumentos de trabalho e produção.

A concepção do BlackBerry KEYone é por isso análoga à do Mate 10 ou do Galaxy Note 8 em termos de foco empresarial, mas vai mais longe na criação de ferramentas e garantias fortemente enraizadas no ethos empresarial, nas necessidades dos profissionais liberais e produtores de conteúdos.blackberry-mercury

Aqui conta o desenho negro e prateado, tão icónico da BlackBerry, o teclado QWERTY, mas igualmente um conjunto de serviços e opções funcionais, como a maior bateria alguma vez colocada a bordo de um BlackBerry. São 3505mAh com QuickCharge 3.0 e Boost para um carregamento ultra rápido e disponibilidade constante.

O Snapdragon 625 faz sentido, sendo um dos mais eficientes da Qualcomm do ponto de vista energético. Nada será mais importante para um profissional do que um smartphone que está ligado quando precisamos que esteja.

Ideia número 2 – o teclado como agente de mudança

Na esmagadora maioria dos smartphones, o teclado é virtual, e uma consequência do desejo dos consumidores de maximizarem a área do ecrã para conteúdos multimédia.O teclado virtual é, assim, uma consequência da primazia do multimédia sobre a funcionalidade, numa era em que os smartphones se concebiam para o entretenimento e ainda não lhes reconhecíamos a capacidade para serem estações de trabalho móveis.

Mas os teclados virtuais têm a vantagem de serem fundamentalmente apps actualizáveis e perfeitamente integráveis no sistema operativo mais profundo. Teclados como o GBoard da Google integram-se plenamente com os restantes serviços Google como o Maps ou a nossa lista de contactos e incluem algoritmos de aprendizagem automática que não só prevêem o que pensamos escrever de seguida, como sugerem contactos, endereços e resultados de busca.

O teclado físico do KEYone é por isso o fantástico teclado BlackBerry com uma máscara física por cima. Pensem nisto como uma skin, mas mecânica. Todas estas teclas são pressionáveis, mas são igualmente sensíveis ao toque como se de um teclado virtual se tratasse: podemos teclar como num típico teclado físico, ou fazer swipe e duplo toque para activar funções, e criar atalhos. Ao todo podemos criar 54 atalhos nas teclas, que vão desde o lançamento de apps específicas até acesso a acções específicas, como compor um email ou uma mensagem. É certo que parece simples e fácil usar um ecrã táctil, mas pensemos na composição de um e-mail.

Via app Gmail são precisos pelo menos dois toques. Via teclado com atalho, bastará um. Desmultipliquemos estes toques por centenas de acções ao longo do dia, e milhares de segundos poupados.

Deste modo, podemos usar o melhor de dois mundos e o teclado do BlackBerry KEYone torna-se não uma simples consequência do desenho do smartphone, mas um agente de produtividade e mudança das nossas capacidades como profissionais.

Ao mesmo tempo, o teclado BlackBerry é pensado para ser incrivelmente funcional e, ao contrário dos teclados virtuais é incrivelmente fácil escrever sem olhar. Isto porque o teclado é um pequeno prodígio da engenharia. Por um lado, os frisos cromados separam claramente as linha de teclas para que não as consigamos confundir. Por outro, as teclas da esquerda e da direita têm subtis inclinações para os seus respectivos quadrantes.

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Ou seja, instintivamente, o nosso tacto diz-nos que passamos de uma tecla à direita (Y, U, I, O, P) para uma tecla à esquerda (Q, W, E, R, T). Todos estes pequenos pormenores se conjugam para criar um teclado pensado para facilitar toda a missão do utilizador. A linhagem do icónico Passport continua viva.

Ideia número 3 – A segurança é indissociável de um dispositivo profissional

Os dados privados são hoje em dia uma moeda de troca entre hackers, não porque possam ter um valor real, mas porque podem ser preciosos reféns em esquemas contra empresas.

Portanto, são as empresas os alvos mais atraentes para hackers e adversários económicos. Face a isto, a BlackBerry sempre concebeu os seus dispositivos com foco na segurança, muito antes de Android e iOS mostrarem ser robustos por si só.

A BlackBerry é, portanto, uma especialista em segurança com poucos rivais e, além das ferramentas de segurança do próprio Android, integrou as suas próprias soluções, via DTEK. A suite permite um controlo ampliado das definições de segurança de cada app e sinaliza as vulnerabilidades de cada. Essa é a parte visível.

Na parte invisível, o BlackBerry tem inúmeras implementações de segurança, incluindo verificação de integridade e um bootloader reforçado, além de um hardware Root Of Trust embebido no processador de cada unidade durante o fabrico. Isto significa que cada passo do arranque do KEYone só se dá se o anterior passar testes de integridade. Caso alguém tente violar a integridade do arranque para roubar dados, o boot é parado.

Caso o equipamento seja roubado ou perdido, a encriptação FIPS 140-2 de nível governamental protege os dados de roubo.

Ideia número 4 – A estética é uma mensagem

Nem há dez anos atrás, o look típico de um BlackBerry era o expoente máximo de um smartphone profissional. A conjunção de cromados e detalhes em metal natural com o preto não tem como esconder a sua estética estatal, invocando muito facilmente as limusines institucionais.

O pior erro que a BlackBerry cometeria seria abandonar um símbolo e uma imagem. Então não o fez. O KEYone quer ser uma metáfora. Sobre a mesa de trabalho, o KEYone não quer ser o smartphone de quem ostenta o seu poder de compra, mas de quem ostenta o seu compromisso com o profissionalismo. O KEYone diz-nos que a mão que o segura pensa primeiro em produzir mais, produzir melhor, poupar tempo e recursos, e não em vídeos do YouTube, modas ou tendências.

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Nestas circunstâncias, o KEYone é uma mensagem em si mesmo, é um currículo em forma tecnológica e não temos que lhe ler as páginas todas para sabermos o que esperar. Potencialmente ninguém se encontra tão informado quanto ao que quer que um smartphone faça por si, quanto quem opta por um BlackBerry KEYone.

Ideia número 5 – A produtividade pode estar pronta mal o dispositivo se liga.

O BlackBerry KEYone vê a produtividade como um sistema amplamente integrado e agregador das principais necessidades do utilizador.

Por isso o KEYone é um portal para os serviços BlackBerry, que incluem o BlackBerry Hub e barra de produtividade. O BlackBerry Hub é um excelente agregador das comunicações diárias que permite gerir num único local as mensagens de e-mail, sms, ou de qualquer um dos muitos messengers em circulação neste momento. Da minha experiência com passados BlackBerry é dos pormenores mais agilizantes nos dispositivos, evitando trocas e mais trocas entre apps e notificações.img_20171023_152554351569103.jpg

Em conjunto com o teclado físico, o BlackBerry Hub é das ferramentas mais assustadoramente eficientes que poderemos encontrar a bordo de qualquer ferramenta. Imaginemos que no Hub verificamos ter recebido uma mensagem de alguém a questionar sobre um stock, uma reunião, ou um produto. Pressionar a tecla C abre imediatamente um novo e-mail que podemos redigir para quem melhor possa informar-nos quanto ao que queremos saber.

Com uma fisionomia incontornável e um nicho só seu, o BlackBerry KEYOne é dos dispositivos mais excitantes sobre os quais pode escrever um blogger de tecnologia. Não é o típico rectângulo achatado que quer ser todo bateria e nenhuma espessura, e oferece características únicas que procuram remediar os defeitos de uma homogeneidade que, por mais tecnologicamente avançada que seja, é um resquício de equipamentos que não tinham por então as capacidades de hoje.

Fiquem atentos às nossas páginas para saberem mais sobre o KEYone!

1 COMENTÁRIO

    • Artur, olá. O KEYone está a €629 em Portugal, mas pode ser comprado online em diversas lojas, potencialmente mais barato. Só não lhe sei dizer quais enviam para Angola.

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