Não é totalmente fácil de compreender porque tem corrido mal a vida do departamento mobile do gigante Coreano LG. Mesmo olhando para o seu poderoso rival compatriota, que pode ofuscar os principais concorrentes, a LG tem conseguido criar diversos dispositivos móveis muito interessantes que, em última instância, não atingem o sucesso que eram suposto atingir. A LG parece pensar que o problema se encontra na estratégia, a LG começou já a reformar a sua postura, começando por cima, onde Juno Cho se vê substituído por Hwang Jeong-hwan como director da LG Mobile.

Uma estratégia mobile sem resultados

É de facto difícil explicar onde têm falhado as apostas da LG, cujos números de vendas empalidecem face aos da rival Samsung, mesmo se a LG é uma competente e poderosa fabricante de hardware.

A estratégia e o alinhamento dos seus dispositivos estarão certamente no cerne do problema, bastando citar-se a indecisão na gama alta G, que passa de um bem-amado LG G4 para um ostracizado LG G5. Do ponto de vista da engenharia, é certo que a modularidade do G5 não era tão prática quanto a do Essential Phone ou do Moto Z, mas o maior problema foi mesmo o desnorte da própria LG que muito cedo pareceu incapaz de justificar a existência da modularidade, e de modo igualmente prematuro começou a dar indicações de que o seu sucessor abandonaria a postura, condenando o LG G5 ao fracasso.

O LG G6, por seu turno, é um equipamento interessante, mas foi lançado antecipadamente com o Snapdragon 821 para tentar captar mercado antes da chegada do Samsung Galaxy S8. Não resultou, mas não é por falta da capacidade do 821 para convencer utilizadores. O marketing não foi particularmente agressivo e, neste negócio, é preciso gastar para ganhar.

Não ajuda também que, enquanto a Samsung tem lançado verdadeiras tendências, a LG tenha tardado em adoptar tecnologias disruptivas que revolucionem o segmento e atraiam os fãs das apostas mais arrojadas.

Aguentem a ansiedade: LG G7, Samsung Galaxy S9 chegam em Janeiro

Um regresso ao passado

A nomeação de Hwang Jeong-hwan é interessante do ponto de vista histórico. Segundo o PR da própria LG, Jeong-hwan tem ampla experiência em investigação e desenvolvimento, e esteve envolvido com a criação dos primeiros smartphones da LG, em 2009. Tantos anos depois, a LG espera que um dos seus pioneiros saiba tirá-la do impasse em que se encontra.

A sua chegada não é a única. Também nomeado é o Dr. Park Il-pyung, director do centro de software da LG mas, mais relevantemente, ex-director na Harman, que foi adquirida o ano passado pela Samsung. É uma alteração revelante, visto a LG ter uma aposta forte no áudio, se bem que a LG destaca as patentes que Park detém na área da computação.

As mudanças chegam ainda à Europa, com Han Chang-hee a tomar conta do marketing global da empresa, e Brian Na, que até agora tratava desse departamento, passará a ser responsável pelas operações da LG na Europa Ocidental.

Trata-se de uma reforma muito profunda, mas não podemos saber neste momento se terá efeitos já no lançamento do LG G7 que se estima para Janeiro de 2017, e que estará já em produção se assim for.

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