Foram muitas as novidades da Google I/O durante o seu primeiro dia, mas aquela que todos aguardavam era mesmo a revelação do novo Android O, quiçá o seu baptismo. Ora o nome não foi revelado, mas as suas principais características sim, mostrando um sistema operativo mais ágil e seguro.

Podemos começar mesmo pela segurança. Apesar da sua fama, o sistema Android é fundamentalmente seguro, principalmente desde que a Google apertou as malhas ao malware e vulnerabilidades, e implementou os patches de segurança mensais.

Se há algum inconveniente nestas actualizações é que podem ser pesadas e custosas em tempo e recursos de adaptação a dispositivos não directamente suportados pela Google, efectivamente deixando muitos dispositivos baratos fora dum ciclo regular de updates.

Com o Project Treble, a Google irá promover a compartimentalização das actualizações, possibilitando aos fabricantes proceder a actualizações sem terem de passar primeiro pelas OEM. Para as marcas significa maior celeridade e maior economia de recursos, com o potencial de agilizar a actualização de dispositivos mais económicos.

À Play Store chegará igualmente o Google Play Protect. A ferramenta que a Google utiliza para manter as apps seguras passará a mostrar as informações mais importantes aos utilizadores na loja, indicando quando a app foi examinada pela última vez. Ao utilizador assistirá a possibilidade de voltar a realizar um rastreio em qualquer momento.

Melhorada foi também a bateria. Este é um ponto sempre importante no Android, com mesmo a implementação snooze a não ser totalmente consensual. A nova gestão da bateria é mais granular, com maiores limitações às apps em segundo plano, porquanto estas estejam preparadas para trabalhar com o Google O.

A selecção inteligente de texto faz a sua aparição no Android O, bastando um toque num número de telefone ou endereço para desencadear a possibilidade de acções normais para estes conteúdos. Ou seja, qualquer cadeia de números que compreenda um número de telefone permite fazer chamadas com um único toque, em vez de uma selecção completa como até agora.

Também a fazer a sua aparição está a Autofill API, que poderá ser utilizada para gerir credenciais de contas de um modo transversal.

A Google não desvendou todos os segredos do novo Android O. A lista seria extensa e potencialmente desinteressante para o utilizador final. Nem tudo é segurança e cautela, claro, e a partir de agora mesmo quando saímos do YouTube, podemos continuar a ver o vídeo sobre outras apps e ecrãs.

Haverá igualmente um makeover visual com os novos ícones adaptativos, com os que cada fabricante pode criar máscaras e efeitos visuais para os ícones. É interessante, apesar de a natureza dos ícones ser estarem tapados pela ponta dos dedos.

A performance deverá ter sido melhorada também, com a Google a indicar um boot duas vezes mais rápido, mas o resto terá de ser descoberto à medida que as versões beta cheguem aos dispositivos e os programadores cavem mais fundo no sistema operativo.

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