Sabíamos há muitos meses que existia a possibilidade da Nokia lançar um equipamento com pelo menos cinco câmaras, se bem que a disposição era ainda um mistério. Em alguns momentos, veiculamos uma patente da ZEISS para uma espécie de câmara revólver que rodava os módulos até se encontrarem na posição necessária para disparar umas chapas, mas embora fosse uma implementação extremamente interessante, certo era que o resultado final poderia ser pouco prático e caro. Mas a ideia de um Nokia 9 com cinco câmaras nunca desapareceu, e nos últimos dias temos visto um amontoar de provas de que o dispositivo pode ser real. Estes são os primeiros renders, e são claramente impressionantes.

Se este for efectivamente o Nokia 9, então poderemos esperar um dispositivo que não foge muito à estética dos smartphones modernos, com um notch relativamente moderado e rebordos mínimos no ecrã. Mas é mesmo no painel traseiro que toda a magia se faz, com um total de sete orifícios dispostos em diamante, onde pelo menos cinco são câmaras, sendo os restantes orifícios os sensores de foco e flash, como não podia deixar de ser.

Impressionante, certo?

No entanto, estes renders são baseados numa fotografia do suposto dispositivo e aqui eu aconselharia muita cautela na confiança sobre esta fuga de informação. Na imagem que reproduzimos abaixo, as câmaras possuem exactamente os mesmos reflexos e dimensões, o que é uma situação que facilmente indica uma manipulação da imagem com clonagem de porções do smartphone.

Todos os que já viram de perto um smartphone com duas câmaras compreendem que uma câmara com diferente resolução e distância focal da câmara ao lado, terá dimensões diferentes visíveis nas lentes, inclusivamente no círculo ao seu redor. Por exemplo, as câmaras com grande angular possuem um maior círculo entre a lente e as margens do módulo, pela necessidade de tirar do enquadramento qualquer obstáculo que pudesse ser apanhado pela câmara.

Para quê cinco câmaras?

Existem muitos motivos para colocarmos cinco câmaras num smartphone, e a questão nem é essa: mais importante é pensarmos como estes sensores vão ocupar um extenso espaço interno que pode retirar a outros componentes a área disponível, levando a um dispositivo mais espesso e menos elegante.

Tirando esta questão da frente, tal como a Huawei bem demonstrou com o P20 Pro, três câmaras num smartphone são uma excelente ideia: ficamos com uma tradicional grande angular, uma teleobjectiva para zoom híbrido, e um sensor monocromático, que não só ajuda na captação de detalhe, como fará excelentes fotografias por si só. Quanto a ainda mais duas câmaras, elas poderiam ser facilmente utilizadas para aplicações de realidade mista ou fotografia estereoscópica, recorrendo ao efeito de paralaxe para perceber as volumetrias dos objectos.

Ou poderíamos incluir uma fisheye para resultados muito interessantes. No fundo, tudo depende da imaginação dos criadores do smartphone, já que até ver os smartphones continuarão a estar limitados por comparação a câmaras fotográficas de lentes intermutáveis, que permitam uma maior polivalência.

Mas tudo isto é especulação de nossa parte. O Nokia 9 é esperado desde 2017 e ainda não apareceu, e estas primeiras imagens do possível dispositivo com 5 câmaras deixam-nos com muitas dúvidas. Será esta implementação real? O que pensam os nossos leitores?

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