A primeira vez que vi o HP Elite Slice fiquei razoavelmente apaixonado. Ninguém está tão bem no domínio do design quanto a HP, neste momento, com peças de tecnologia que são absolutamente decorativas, sem perderem aquela essência fundamentalmente tecnológica que electriza. A segunda vez que vi o Slice fiquei algo descrente: tanto em algo tão pequeno?

Corporativo e decorativo

O HP Elite Slice é acima de tudo uma peça de prestígio para salas de conferência e escritório, onde servirá de computador para apresentações, mas igualmente como telefone corporativo. Só que lá para casa tem simplesmente muito a dar também.

O design é sem dúvida um argumento incontestável. O HP Elite Slice é uma peça pura de design industrial, que se sente à vontade na secretária de alguém que quer boa capacidade de computação, mas sem ocupar grande área numa mesa arrumada e minimalista.

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Repleto de curvas e minimalista, o Slice tem um look decididamente profissional. A riqueza está nos pormenores, claro, e as guelras de refrigeração mostram que o Slice sabe ser decorativo sem esconder a sua natureza tecnológica.

Ademais, os acabamentos são excelentes, com uma textura aveludada nas superfícies externas, e não podemos deixar de admirar a sofisticação dos encaixes de cada módulo. O Slice é vincadamente business.

Modular em crescimento

Sim, módulos. O brilhantismo do Slice está nesta combinação entre funcionalismo e design, elementos tão difíceis de conjugar. Na sua configuração base, a primeira Slice inclui toda a electrónica de que precisamos, incluindo chips que podem ir até aos Core i7 de sexta geração, além de portas USB-C, Display Port e HDMI, ou jack áudio. Nesta configuração, o HP Elite Slice quase cabe na mão e ocupa a área de um livro.

Muito pensado para o ecossistema empresarial, o HP Elite Slice já chega com a chamada Collaboration Cover, uma tampa pensada para conferências empresariais, que possui por isso controles capacitativos retroiluminados para controlar as chamadas via Skype, por exemplo.

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Esta tampa funciona idealmente com o módulo áudio com altifalantes concebidos pela Bang & Olufsen e dois microfones direccionais, para que o Slice possa ser utilizado confortavelmente em videoconferência numa sala com até 12 pessoas.

Finalmente temos ainda o módulo para uma drive óptica, sendo talvez o maior problema do Slice a carência de módulos nesta fase. Mas o encaixe de cada módulo é funcionalmente uma porta USB-C, e no futuro será fácil integrar módulos para expansão de armazenamento ou outras soluções. A HP já anunciou inclusivamente uma cover para carregamento wireless com tecnologia Qi. Quando esta cover estiver disponível terá que ser configurada na aquisição, já que, tal como a Collaboration Cover, não pode ser removida ou acrescentada pelo utilizador.

Utilização polivalente

Bom, passar o dia agarrado a um portátil ou smartphone a compor artigos pode ser cansativo e faz-me apreciar a possibilidade de me sentar numa secretária e teclar calmamente com um teclado normal. O Elite Slice é ideal para mo permitir, principalmente considerando que tenho pouco espaço disponível, e o Slice é verdadeiramente discreto.

O setup é o mais fácil que possamos imaginar. Basta conectar o Slice a um monitor externo e à corrente e iniciá-lo. A caixa inclui já teclado e rato wireless que se emparelham instantaneamente com um toque no interruptor (o rato utiliza no entanto um receptor externo).

Com um Intel Core i5, o Slice comporta-se como expectável num computador de gama média, oferecendo uma excelente responsividade na elaboração de documentos, troca de e-mails e navegação em geral. Com uma gráfica Intel HD530 transversal a todas as configurações, o Slice não se revela excepcional em gaming, nem em tarefas pesadas como edição de vídeo ou fotográfica.

Para fazer o nosso trabalho regular sem grande volume, o Slice oferece o fundamental, mas onde ganha nova vida é como Media Center e escritório portátil.

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Com a amplitude de conexões disponíveis a par com o seu estilo, o Slice fica bem no décor da sala e presta-se a ser ligado à televisão para servir de dispositivo multimédia por excelência.

Podem instalar aí os vossos serviços de streaming, Netflix ou Nplay, e terão funcionalidades muito mais rápidas que na box tradicional, ou podem tirar grande partido do Kodi. As especificações do Slice significam que podemos facilmente fazer streaming em FHD para a televisão, sem preocupações de fluidez, ou optar mesmo por 4K. Entretanto o áudio Bang & Olufsen é mais do que adequado para usufruir destes conteúdos.

Ora deixar um computador deste calibre agarrado a uma televisão não é tirar dele total partido. Depois de vermos o que temos a ver, podemos facilmente trabalhar a partir da televisão da sala, sentados no sofá. Melhor que isto não há, para quebrar um tanto a rotina de escritório.

Aqui noto que, com as dimensões extremamente compactas, o Slice é realmente interessante para servir de workstation portátil para quem se deslocar entre postos de trabalho onde disponha de ecrã, teclado e rato. Tão pequeno quanto uma tupperware, o Slice certamente será mais confortável que um portátil normal para quem tiver essa opção.

Conclusão

Facilmente transportável, focado no mercado empresarial, mas com muito potencial multimédia, o HP Elite Slice é ao mesmo tempo um computador ágil e uma peça de design prestigiante.

Este último é um ponto que me impressionou de imediato: o design é funcional, com os módulos facilmente configurados e ao mesmo tempo esteticamente limpo. Confesso que por algum tempo fiquei na dúvida se haveria uma bateria algures, já que as imagens de marketing mostram o Slice sem se encontrar ligado à corrente.

Na verdade, via conexão com monitor com Lightning, é possível alimentar o Slice somente com um cabo, para uma área de trabalho limpa e minimalista. Para todas as outras ocasiões teremos que contar com cabos extras, mas o design compacto significa que todos estarão facilmente acessíveis.

A maleabilidade com que podia simplesmente pegar no Slice, levá-lo para outra divisão e trabalhar a partir de uma televisão mais facilmente que com um portátil é outro ponto a destacar.

Para este tipo de utilização, o Slice é soberbo, valendo pela sua agilidade de utilização face a alternativas fixas ou portáteis. As elevadas possibilidades de configuração significam que este pode bem ser um dispositivo à medida de qualquer um. As opções que vão desde Core i3 a Core i7, até 32GB de RAM e drive SATA de 2TB, significam que podemos de facto ter uma máquina para trabalho mediano, ou um equipamento potente para trabalho realmente pesado.

Realço aqui que, no caso das empresas, o departamento de informática estará mais do que capacitado para expandir a memória interna ou a RAM do Slice, pelo que este não é um dispositivo que vá ficar parado no tempo. Além disso, acaba-se a redundância na empresa, com o Slice a ser tanto um sistema de teleconferência ou estação de trabalho sem dificuldades na transição entre ambos.

Não é difícil ver como pode ser um instrumento de produtividade e simplicidade para empresas e profissionais que trabalham a partir de casa.

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