Xiaomi Black Shark 2: o nome impõe respeito e desejo. Muitos serão os fãs de gaming que aguardam este dispositivo repleto de estilo e potência para oferecer a quem considera o pequeno ecrã um palco importante para heróis e vilões. Os melhor intencionados pensam que teremos de esperar apenas até 23 de Outubro para um lançamento oficial, mas esta data ainda não foi confirmada por ninguém. Entretanto, pelo menos, uma passagem pelo Geekbench dá-nos uma boa ideia da performance que podemos esperar do dispositivo.

No entanto – e francamente – com uma pontuação de 8389, o Black Shark 2 está dentro dos parâmetros para um smartphone com Snapdragon 845, mas face a dispositivos como o Huawei Mate 20 Pro, lançado no passado dia 16 de Outubro, e que obteve pontuações acima dos 10000 pontos neste mesmo benchmark, será que esta segunda leva de smartphones de gaming faz sentido?

Se desempenho puro é a vossa preocupação, então talvez não precisem de se limitar a esta opção, mas o Black Shark 2 deverá chegar com inúmeros refinamentos que aumentam a sua performance em termos de gaming, como uma ergonomia mais ajustada e arrefecimento mais performante. Incluirá igualmente a Shark Key que já conhecemos e que permite ajustar o smartphone para uma performance superior em gaming, com o que os resultados do benchmark poderão não traduzir realmente o que será a experiência real de utilização durante um jogo.

O Geekbench confirma ainda a presença de 8GB, mas será talvez mais crucial olharmos para algumas imagens filtradas para a internet e que nos dão uma ideia geral mais completa sobre as mudanças desta nova geração do Black Shark.

Começando pela face traseira, as mudanças são enormes, pois embora ainda notemos as linhas arriscadas do dispositivo, o painel de plástico texturado foi substituído por um em vidro, e destaca-se aí o módulo de duas câmaras com o leitor biométrico logo abaixo. Portanto, à frente, o lábio inferior deixou de ter o leitor de impressões digitais, mas não há dúvidas de que é no painel traseiro que as grandes mudanças acontecem e, fora estes pontos óbvios, não conhecemos implementações diferentes a nível de portas USB ou componentes internos.

Não tenho dúvidas de que o Black Shark 2 será um excelente equipamento, mas, depois do colossal equipamento que foi o original Black Shark, continua a parecer-me questionável que a Xiaomi lance uma versão optimizada que será moderna durante três meses ou quatro, ou o tempo que teremos de esperar para ver um smartphone com o Snapdragon 8150. Ou basta olhar para o Mate 20 Pro da Huawei que mostra uma performance superior a vários níveis e estamos a falar do smartphone que utilizará o cota engravatado para ler memorandos da empresa, não um que queremos a bombar fps e gráficos FHD.

Se no ano passado os smartphones de gaming foram inovadores, a segunda geração não o é realmente, mas mais uma geração 1.5. Esperemos que a Xiaomi tenha mais surpresas.

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